Graça da política
À minha esquerda,
balbúrdias espistêmicas
dão norte à existência.
À minha direita,
avoluma-se desprezo dialético
de um grupo patético.
No centro de tudo,
uma batalhão oportunista
finge ser surdo e mudo
para não ser visto como ativista.
Eis a graça da política:
caminhar entre tendências variadas
para dar conta de populações ávidas
por justa representação.
Governar
não é fácil, é exercício
de um árduo ofício
feito para contemplar
não só os amigos,
ou amigos dos amigos,
mas também os inimigos.
Esta arte da política
não dever ser banalizada,
dever ser bem didatica
para que a aristocracia
não se sinta penalizada
pelo avanço da democracia.
(03.03.2020)

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