Mariposa
Na tela em branco,
uma mariposa perdeu-se
no meu pranto.
Batia suas asas,
mas não conseguia decolar
para sua casa.
Na tela, o poema
que pretendia vir não veio
e deixou-me um dilema.
Ao observar a mariposa ali,
parada,
esqueci por que estava aqui.
A poesia que batia à porta
acabou encontrando outra forma.
A mariposa era a poesia
que naquele instante nascia.
* publicado na antologia Tantas Vozes, Ed. Outra Margem, 2020.
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