
A brisa fria do inverno
chega. Cortante!
Traz com ela uma suave
pluma. Tão leve!
A pluma baila no ar
como se estivesse a dançar.
No bailar da pequena pluma,
entrego minha fúria.
Passo, então, a observar
onde ela vai parar.
A pequena pluma no ar
movimenta-se com vagar
A pluma não resiste ao vento.
Sabe que é tudo questão de tempo,
que todo seu esforço será em vão.
Então, entrega-se àquela sensação.
A pluma não quer um destino.
Vive cada momento, sem desatino.
Ao cair, serenamente, a pluma
vai ganhando as almas que passam,
uma a uma...
Elas param e, curiosas, observam.
Onde a pluma vai parar? Não sei.
Apenas observo seu bailar sem lei.
G.Mgz
