Renan Caíque, poemas
Este é o quarto homenageado pelo nosso Pedágio Poético.
Confesso que a postagem de hoje vem carregada de felicidade. Mais de cinquenta poetas e poetisas mandaram seus poemas para nós até o momento. Creio que isso nos obrigará a postar com mais frequência que o pretendido inicialmente.
Peço paciência aos que enviaram seu poemas, mas garanto que todos serão pulicados.
Hoje, vamos de mais uma boa safra da poesia mineira.
Com vocês, Renan Caíque!
Suspiros Poéticos
Sorrio e pranteio pelo teu sorriso,
O mais belo que eu já pude contemplar.
Dizer que és um anjo do paraíso
Seria eufemismo para te explicar:
Tu és mais! Mas não há como eu ser preciso
Ou não me tornar indeciso em te amar
E te descrever, por seres qual Narciso,
Pois te apaixonaste por teu próprio olhar.
Os teus olhos são os versos mais bonitos
E doces, jamais podendo ser escritos
De tão perfeitos... qualquer que seja a lira!
E se invejo o vento por tocar-te inteira,
É por me encantares tu de tal maneira
Que ao lembrar-me de ti minha alma suspira!
O silêncio entre nós
Eu te contemplei em poucos momentos,
E estes foram tão fugazes, tão frios,
Sumiram como lágrimas que a fio
Foram soltas no vazio dos ventos;
E cada segundo desses eu lamento
Por ter deixado um silêncio sombrio
Que entre nossas almas é como um rio
Que separa a alegria do tormento,
Pois só agora, olhando-te, eu vejo
Que aproximar-me é o que mais desejo;
Pergunto-me se fui perceber tarde,
Mas quem sabe também nunca foi cedo?!
Só sei que fartei-me de sentir medo
E o Amor em meu triste espírito arde!
Dualidade
Em meus lábios surge um triste sorriso
Que exala agonia e solidão apenas...
Dormem no silêncio de minha alma as cenas
Que outrora eram parte de um paraíso.
Às vezes lembranças belas e serenas
Tornam-se suspiros negros, e é preciso
Olvidá-las pra não verter sobre o riso
Do passado lágrimas de eternas penas.
Meu coração pálido chora na treva
Por não deslembrar o Amor que me leva
Para o mais profundo inferno interior.
Eis a dualidade atroz da existência:
O encanto sublime que traz decadência,
E a paz decadente que faz o Amor.
Renan Caíque é de Teófilo Otoni/MG, tem 26 anos e escreve desde os 13, influenciado por poetas como Álvares de Azevedo, Lord Byron, Florbela Espanca e Edgar Allan Poe. É autor do livro de poesias O Mal do Século (2018), pela Editora Círculo Soturnos e criador do canal Sussurros Poéticos. Instagram: @renan_tempest

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