vacina à porta
um ar fresco sopra, suave
traz alívio para a quentura
refresca.
os quarenta graus na sombra
sugere um dia na praia, quem sabe
refresca.
mas, a pandemia ainda arde
nas ruas e, eu, assustado ainda temo
uma cena dantesca.
sinto o ar, a brisa, beijar meu rosto
mas quero respirar, por isso, repudio
essa gente grotesca.
a vacina batendo à porta
não espero a hora de parar de ver
tanta gente morta.
19.01.2021
( por Giovani Miguez, em Mínima Poética )

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